quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Resenha do livro: Como eu era antes de você



Editora: Intrinseca
Ano de edição: 2014
Número de páginas: 320

Sinopse: Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.


Resenha: 
Na verdade li esse livro há um pouco mais de um ano, confesso que demorei para terminá-lo. Sinceramente a estória estava muito chata e desinteressante. Porém, como eu não costumo deixar livros pela metade, eu consegui ir até o fim.
Louisa me encantou, com seu jeitinho honesto e sincero, suas roupas extravagantes...rs Pude perceber o quanto os pais dela dependiam de sua ajuda financeiramente, e o quanto eles a subestimavam na verdade. 
Louisa era de uma família simples, onde o avô precisava de cuidados, sua irmã trabalhava em uma fábrica de frangos, mãe solteira, com um filho pequeno para criar sozinha, e sem ajuda do pai da criança. 
Uma família bem tradicional. Lou, uma jovem simples, na minha opinião bem acomodada, não tinha sonhos, não tinha planos e tudo para ela estava bom, inclusive no seu trabalho, trabalhava como garçonete num café da cidade, e adorava esse trabalho. Sua sinceridade então? Me fizeram rir muito. 
Quando ela foi dispensada, seus pais logo ficaram preocupados, e por ela não ter uma faculdade temiam muito que não conseguissem logo um novo emprego.
Até que na agência de emprego apareceu um cargo como cuidadora de um tetraplégico, um contrato de 6 meses, com um salário muito bom. Conseguiu o emprego e foi para a residência dos Traynor.
Will Traynor de 35 anos, um jovem lindo, rico e com um belo futuro pela frente, o qual foi interrompido de forma abrupta por um acidente de moto, fora atropelado e ficara tetraplégico. Will tratava a Lou muito mal, ele era extremamente chato e rabugento. Os dias foram se passando e Lou já não aguentava mais aquele mal humorado, mas ela precisava muito daquele emprego. 
Após umas belas verdades que ela dissera ao Will, a partir daquele momento, ele mudou. Começou a tratá-la de uma forma melhor, os dois começaram a ter um bom diálogo e as coisas foram melhorando, até Lou descobrir que Will pretendia ir para Dignitas, e lá perder sua vida, ou melhor acabar com ela.
Eu fiquei muito desnorteada nessa parte. Lou não queria mais continuar lá depois de saber o que Will estava pretendendo fazer, entendeu o por quê daquele contrato de apenas 6 meses, era o tempo que Will havia dado aos pais, e nenhum minuto a mais ou a menos...
Louisa foi se apaixonando por Will, passaram momentos divertidos, nos quais ri muito, principalmente na parte em que ela diz a ele que não gosta de filmes legendados, e ele pergunta se ela não sabe ler, ri demais.
O tempo foi passando, e Lou tentava desesperadamente fazer Will mudar de ideia. Ela programava passeios, saídas, e até uma linda viagem fizeram. Nem mesmo o beijo que eles trocaram, a divertida dança deles, ela sentada em seu colo, ele na cadeira de rodas. Nada, nada fez com que Will voltasse atrás!
A estória do livro é muito triste, mas me fez refletir muito, dar mais valor para as coisas e desejar ir sempre além. Digamos que nos faz pensar muito também nas nossas atitudes, a forma como enfrentamos a vida, até mesmo diante de pequenos problemas.
A maioria das pessoas que leram o livro se revoltaram, é claro que em parte, eu penso que a atitude dele foi extremamente radical. Quantas pessoas ficam paralíticas, tetraplégicas, perdem membros em acidentes, e nem por isso desistem da vida? Pois é, o livro passou uma imagem um tanto quanto errônea a respeito disso, como se uma pessoa que ficasse da forma como Will ficou, não tivesse mais prazer em continuar vivendo. Eu sou a favor da vida, seja ela da maneira que estiver.
Mas apesar de tudo, eu pude compreender a atitude de Will, não aceitei e não aceito, mas pude compreendê-lo. Ele jovem, rico e muito bonito. Gostava de viver a vida o mais plenamente possível, adorava esportes radicais, amava a Vida, amava desfrutar cada minuto dela. E depois ficar preso a uma cadeira de rodas, contraindo pneumonia... Ele não suportou ficar daquela forma, a vaidade dele não o deixou se conformar com a vida que ele estava vivendo. Foi triste, ele pode ter sido egoísta, mas eu o compreendi... realmente pude compreendê-lo!!

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